Aprovada inclusão do Dia do Tropeiro no calendário oficial de Guarapuava

por Imprensa publicado 23/11/2021 16h16, última modificação 06/10/2024 18h10
O objetivo é valorizar o movimento e contribuir para manter viva a história destes grandes brasileiros que tanto contribuíram para o crescimento econômico, criação e fortalecimento de cidades

Os Vereadores votaram e aprovaram em segunda discussão, na sessão desta segunda-feira, 22 de novembro, o projeto de lei que autoriza a inclusão no calendário oficial do Município do “Dia do Tropeiro”, a ser comemorado no dia 26 de abril. No Estado, a lei estadual nº 19.992/2019 já prevê a lembrança.

O objetivo é valorizar o movimento e contribuir para manter viva a história destes grandes brasileiros que tanto contribuíram para o crescimento econômico, criação e fortalecimento de cidades através do transporte das mercadorias e do comércio por eles praticados.

De acordo com os autores da proposição, Vereadores Vardinho e Paulo Lima, Guarapuava é um dos municípios mais tradicionais do Paraná. “Contamos com inúmeros adeptos da tradição gaúcha, que cultivam a tradição de nossos antepassados, de homem do campo e da lida campeira, exteriorizando-se pela lembrança dos bons costumes, e o tropeiro, igualmente, faz parte da nossa história”, afirmam.

Os tropeiros transportavam tropas de gado e muares de Viamão - RS até Sorocaba - SP, e Guarapuava foi descoberta como uma alternativa mais curta para o trajeto, que ficou conhecido como o “Caminho das Missões”, que encurtava trecho em 60 léguas, o equivalente as 360 km, reduzindo a viagem em aproximadamente 20 dias.

“O tropeiro era um homem forte, destemido e rude, que dormia ao longo das estradas, em acampamentos improvisados, mas sempre junto à tropa, e alimentava-se com comidas típicas dos viajantes da época, como arroz carreteiro, charque, farofa de charque ou feijão tropeiro, comidas fortes e não perecíveis, para dar sustância à lida forçada e trabalhosa. Por força das tropeadas que transportavam riquezas houve um fortalecimento do comércio em todas as cidades pelas quais passavam, além de outras tantas que foram fundadas”, cita o projeto.

“Nossa cidade tem várias pessoas adeptas ao cultivo da tradição dos tropeiros que buscam reproduzir aquela forma de vida, com seus trajes típicos, cavalos e mulas e comidas campeiras, em trajetos que incluem as fazendas de amigos, os quais os recebem oferecendo pousada. É um movimento que envolve toda a família, desde os mais jovens até os mais idosos, sempre na busca de reviver as origens numa atitude de respeito e hospitalidade para com todos, numa irmandade bonita de se apreciar”, justificam os Vereadores autores.

Participaram da sessão e acompanharam a votação desta segunda-feira os tropeiros José Ernani Lustosa e José Eduardo Lustosa, representando o movimento.