Educação, segurança e engenharia do trânsito guarapuavano pautam Audiência Pública

por Imprensa publicado 21/02/2014 13h16, última modificação 06/10/2024 18h09
Outro tema em discussão foi a possível reinstalação das “tartarugas”

A Audiência Pública para a discussão do trânsito municipal reuniu técnicos da área, representantes municipais, lideranças de corporações, vereadores e toda a comunidade, que debateram, principalmente, temas sobre segurança, educação e engenharia de trafego no setor.

Por quase cinco horas, os presentes no plenário da Câmara, na noite desta quinta-feira (19), apresentaram propostas de melhorias, para curto, médio e longo prazo; caminhos de conscientização, possível retorno das “tartarugas”, locais para instalação de sinalização, entre outros. Na mesa diretora, o presidente Edony Kluber (PSD) esteve acompanhado do subtenente do Corpo de Bombeiros, José Heron Goulart, do tenente do 16º Batalhão de Polícia Militar Dalton Bittencourt, da promotora Carolina Chiamulera, do chefe do Guaratran, Cesar Ramão Sanches, do Procurador do Município, Fábio Decker; além do conselheiro da Comissão de Trânsito OAB/Paraná Marcelo Araújo. Eles iniciaram com as explanações.

“Foi um encontro muito produtivo, devido aos apontamentos apresentados. Esperamos que as discussões se reflitam na conduta diária dos motoristas e as propostas apresentadas sejam novamente discutidas, pois este evento fez parte de um processo que não deve se encerrar por aqui”, destacou o presidente Edony Kluber. 

Heron e Bittencourt apresentaram dados sobre o número de acidentes em Guarapuava e rodovias. De acordo com as estatísticas dos Bombeiros, o número de ocorrências, em 2012, totalizou 810, com 1376 feridos e 18 mortes. Um ano depois, as ocorrências pularam para 830, com 1425 feridos e 33 mortes. “Notamos aspectos diretamente ligados ao número de acidentes, sendo os principais a utilização de celular na direção, consumo elevado de álcool, sinalização não respeitada, bem como a distância entre veículos. O setor se tornou um problema em nível de nação, portanto os esforços devem se voltar para a área”, destacou Heron.

A promotora Chiamulera explicou que a decisão da retirada das “tartarugas” se baseou nas imposições do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), além de frisar que aperfeiçoamento do trânsito não reside, apenas, nas discussões sobre tal ferramenta. “As resoluções 39/98 e 366/2009 proíbem as ‘tartatugas’ como instrumento redutor de velocidade, portanto buscamos cumprir tal regulamentação dos órgãos nacionais de trânsito. Acredito que outras demandas merecem maior urgência, como recuos de calçada, sinalização nos locais que não as possuem, maior visão em pontos críticos de cruzamentos, dentre outros”, argumentou Chaimulera.

Cesar Sanches reforçou três pilares de urgência para promover benefícios (educação, fiscalização e a engenharia de trafego) e que as ações preventivas figuram no próprio motorista. “Devemos incluir na grade curricular de alunos de pré-escola uma disciplina de segurança no trânsito, visando uma conscientização em longo prazo. Campanhas educativas constantes, sob participação ativa da comunidade e com os temas solidariedade, gentileza e paciência são outras ferramentas”, ressaltou Sanches, que se mostrou contrário a retirada das “tartarugas”. “Se analisarmos a imposição dos órgãos de trânsito, nota-se que houve uma interpretação errônea dos técnicos. Utilizado como redutor de velocidade, estes instrumentos estariam no meio da via. Em nossa cidade, havia a colocação na beira do cruzamento para delimitar que a referida travessia não era a preferencial”, explicou.

Opinião Legislativa

Após as falas iniciais, os vereadores opinaram sobre a temática. Cleto Tamanini (PTC) frisou que, semanalmente, indicações são encaminhadas ao Poder Executivo. Tais propostas poderiam sanar alguns problemas.

Cosme Stimer (PP) e Milton Roseira Jr. (PSDB) clamaram pelo retorno das “tartarugas” e Rodrigo Crema (PMDB) argumentou sobre importância dos dados apresentados pelas corporações, além de cobrar maior fiscalização, visando este caráter preventivo.

Airson Horst (PPS) destacou a necessidade de um olhar atento para as proximidades de escolas e Maria José Mandu Ribeiro Ribas (PSDB) disse que o município precisa discutir políticas de transito em nível municipal, não se limitando, apenas, nas “tartarugas”.

 

Ao término da sessão, Kluber ressaltou a possibilidade de uma nova Audiência Pública sobre o assunto, além de reforçar a proposta de Chiamulera, na qual seja realizado um diagnostico detalhado sobre a atual situação da área no município.