Guarapuava segue em busca da erradicação do HIV
Em mais uma ação que envolve a aproximação do Poder Legislativo com a comunidade, mais uma política pública foi aprovada em Guarapuava. Trata-se do Projeto de Lei Ordinária (L) 66/2023, de autoria de Bruna Spitzner (Podemos), que passou pela 2ª votação na sessão do dia 02/10.
A proposição surge após a demanda chegar ao gabinete da vereadora por meio do o SAE (Serviço de Atendimento Especializado). Essa não é a primeira vez que uma parceria nesse sentido acontece, em agosto, o Projeto Protagonismo Juvenil também foi aprovado no Legislativo.
A enfermeira Ângela Maria de Camargo, que coordena o SAE, destaca justamente o trabalho em conjunto que culminou na legislação. “Então nós temos uma parceria grande porque entendemos que o Legislativo é que pode nos ajudar a fomentar essas leis, a desenvolver projetos, a fazer com que eles se tornem realmente efetivos no município. Não adianta eu fazer de forma isolada uma ação. A saúde deve ser pensada em toda a rede”, avaliou.
Humaniza Guarapuava
Na prática, o programa é uma forma de repassar conhecimento e formas de proteção individuais e coletivas, gerando proteção em cadeia. Para isso, o Humaniza Guarapuava irá realizar o cadastro e atendimento de unidades e profissionais do sexo, com foco na orientação, prevenção, tratamento e acompanhamento de HIV/AIDS, IST's e hepatites virais. Serão contemplados bares, casas noturnas, avenidas, ruas e postos de gasolina.
Com a instrução correta, espera-se que os profissionais utilizem os equipamentos de preservação da maneira correta, evitando de se contaminar e, consequentemente, contaminar a outros.
Esse tipo de iniciativa, de acordo com Ângela, tem colocado Guarapuava como referência nacional. “Nós estamos crescentes nessa parte de prevenção, participando agora nesse próximo mês de congressos nacionais e internacionais com projetos. Inclusive esse projeto foi colocado para publicação, ele foi aprovado, então vai ser publicado também nesse cenário dentro do mundo científico”, comentou.
De acordo com a autora do projeto, a ideia é voltar o olhar para uma parcela vulnerável da população. “São pessoas desassistidas pelas políticas públicas, ou pela falta de procura, por preconceito, por estigmas. Então a gente está voltando as atenções para populações mais vulneráveis, pessoas que precisam desse cuidado e que muitas vezes não têm o acesso direto à saúde”, refletiu a vereadora Bruna Spitzner.